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Programa que monitora biodiversidade em unidades de conservação é realizado em parque estadual de Rondônia

26 de agosto de 2021 | ascom

Unidades de Conservação, conhecidas como reservas, são os meios mais eficazes de preservar biodiversidade

O Governo de Rondônia, por meio da Coordenadoria de Unidade de Conservação (Cuc) da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), realizou, de 5 a 20 de agosto, o programa Monitora no Parque Estadual Serra dos Reis, Unidade de Conservação de Proteção Integral localizada no município de Costa Marques.

O programa busca fortalecer o diálogo em torno das questões ambientais, com base no compartilhamento de informações e na formulação de questões, envolvendo pesquisadores, gestores das áreas protegidas e as comunidades locais e do entorno das UCs. Para isso, tem sido estabelecido um conjunto de procedimentos para levantar dados a partir do emprego de técnicas simples, com baixo custo financeiro e operacional, privilegiando a participação de moradores locais.

As Unidades de Conservação, conhecidas popularmente como reservas, são os meios mais eficazes de preservar e conservar a biodiversidade.

PROGRAMA MONITORA

Após a realização do curso de capacitação referente ao Protocolo Básico do Programa Monitora – Subprograma Terrestre Componente Florestal, foi dado início às coletas de dados e ao monitoramento dos mamíferos de médio e grande porte, aves cinegéticas e borboletas frugívoras existentes nas três estações amostrais do Parque Estadual Serra dos Reis.

A atuação contou com a participação técnica da Sedam (dois biólogos e um engenheiro florestal) para conhecer a realidade da UC, que são responsáveis pelo parâmetro de conservação e preservação ambiental. Nesta ação, três pessoas que moram próximas à área do Parque Estadual Serra dos Reis foram capacitadas, com o auxilio da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC).

Monitores foram capacitados para realizarem o monitoramento no Parque

Luciano Lopes é um deles. Morador do município de Costa Marques, explica que as ações o fizeram entender como ajudar a natureza faz diferença na preservação da reserva. “O que me chamou atenção foi a importância da preservação da natureza, através dessa capacitação conseguimos entender e assim fazermos o trabalho da melhor forma possível. Agora temos um pouco mais de conhecimento de como esta reserva incrível funciona e como pode ser preservada”, disse o morador.

Segundo a bióloga Anita Ho-Tong Thomaz, as amostragens desses grupos de indicadores foram realizadas nas Estações Amostrais, usando um método categorizado como contagem por distância. “A primeira premissa para aplicar esse método é que o observador seja familiarizado com a fauna local, por isso também procuramos inserir os moradores do entorno. Para isso, as amostragens em campo tiveram o auxílio de guia de identificação, com imagens desse grupo de indicadores”, explicou a bióloga ressaltando que ao avistar um animal do grupo aves e mamíferos, iniciava-se o registro de informações. Em seguida, media-se a distância perpendicular (em metros) do local que o primeiro animal foi avistado até a transecção principal.

No monitoramento de borboletas frugívoras, quatro transecções secundárias são estabelecidas perpendicularmente à transecção principal (UA de mamíferos e aves).  “A métrica de indicação biológica selecionada para borboletas frugívoras é a proporção de indivíduos de cada tribo. A identificação de tribos é muito mais simples e viável que a identificação de espécie das borboletas capturadas. Esse cenário aumenta o potencial de implantação e manutenção do monitoramento”, detalhou a bióloga.

Ao final do monitoramento, a Sedam promoveu a troca de experiências entre comunitários, técnicos e gestores públicos, com objetivo de fortalecer o monitoramento como instrumento fundamental para conservação da biodiversidade, buscando assim o envolvimento das comunidades locais nessas iniciativas.

Segundo o coordenador estadual de Unidades de Conservação, Fábio França, o programa Monitora “auxilia as unidades de conservação, bem como o Parque Estadual Serra dos Reis, na contribuição para a consolidação do Sistema Estadual de Unidades de Conservação, contribuindo assim com o conhecimento de espécies monitoradas na UC”.

PARQUES ESTADUAL

O Parque Estadual Serra dos Reis (PESR) é uma unidade de conservação estadual de proteção integral. Sob a administração da Sedam, foi criado pelo Decreto nº 7.027, de 8 de agosto de 1995, abrangendo uma área de 36.442 há. Está localizado ao sudoeste do Estado de Rondônia, entre os municípios de Costa Marques e São Francisco do Guaporé, na região do Vale do Guaporé, distante cerca de 700 km de Porto Velho.

Faz parte do Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) e do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), contribuindo para a implementação das estratégias nacionais e internacionais que buscam garantir o cumprimento de acordos, convenções, tratado e compromissos internacionais firmados pelo Brasil na busca de soluções para os problemas ambientais. A Sedam vêm trabalhando na capacitação dos servidores para atuarem no monitoramento da biodiversidade em unidades de conservação estaduais.

A estratégia mais eficaz para capturar borboletas frugívoras é a utilização de armadilhas do tipo Van Someren-Rydon (VSR)

 

Fonte
Texto: Jaqueline Damaceno
Fotos: Dione Subtil
Secom – Governo de Rondônia

Categorias: Destaques, Notícias

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